O Curso de Engenharia de Pesca

  

Engenharia de Pesca

 

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) implantou, em 1970, o primeiro Curso de ENGENHARIA DE PESCA do Brasil, com o objetivo de formar profissionais para atender ao setor pesqueiro de águas interiores e marinhas. A importância desses profissionais, no contexto nacional, foi tão relevante que, com apenas cinco anos de sua criação, a profissão de ENGENHEIRO DE PESCA foi oficialmente reconhecida pelo Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia (CREA), órgão que regulamenta a atuação dos engenheiros e arquitetos no país. Hoje, após 30 anos de sua fundação, o curso de Engenharia de Pesca já graduou mais de 1000 profissionais, provocando no setor pesqueiro nacional, uma verdadeira revolução, nas atividades de pescas industrial, artesanal e da aqüicultura.

O Engenheiro de Pesca, ao ser credenciado para exercer a sua profissão, está habilitado a atuar nas seguintes áreas:

1- Aqüicultura: estudar e aplicar técnicas de propagação e criação de organismos aquáticos;

2- Tecnologia de Pesca: aplicar e desenvolver técnicas para localizar e capturar organismos aquáticos;

3- Tecnologia do Pescado: desenvolver atividades de controle sanitário, processos de conservação, processamento e industrialização de produtos pesqueiros;

4- Investigação Pesqueira: estudar a dinâmica de populações e avaliação de estoques pesqueiros;

5- Administração e Economia Pesqueira: atuar na administração pública ou privada do setor;

6- Planejamento Pesqueiro: elaborar, analisar, executar e avaliar programas e projetos;

7- Ecologia Aquática: estudar as condições físicas, químicas, geológicas e ecológicas dos ambientes aquáticos, visando à criação ou exploração dos recursos pesqueiros, de forma sustentável;

8- Extensão Pesqueira: desenvolver ação comunitária e planejamento participativo para promover o desenvolvimento social e econômico das comunidades de pescadores e aqüicultores;

9- Projetos: elaborar, executar e implantar projetos nas áreas de pesca, aqüicultura e meio ambiente, notadamente em ecossistemas aquáticos;

10- Docência: atuar como professor, lecionando disciplinas ligadas ao setor pesqueiro e aos correlatos, elaborar ou executar projetos técnicos e de pesquisas.

O mercado oferece boas perspectivas de trabalho na área oceânica e continental. Na captura, ação de capturar o peixe, crustáceo ou molusco no ambiente marinho, o Engenheiro de Pesca está mais ligado à pesca industrial.

            No ambiente de água doce ou estuarina, as atividades de aqüicultura tem se revelado a principal absorvedora de mão-de-obra especializada, sobretudo na criação de camarão que vem absolvendo grande parte dos profissionais da Engenharia de Pesca. Entretanto, atualmente outras opções profissionais podem ser exercidas como a pesquisa e produção de alevinos (filhotes de peixes), a criação de peixes em viveiros e em tanques-rede, criação de ostra e atividades de maricultura.

O setor público apresenta possibilidades de trabalho na Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), Prefeituras municipais, entre outros. A área privada pode oferecer emprego em empresas de produção, industrialização e comercialização de recursos pesqueiros, principalmente nas fazendas de criações de camarões, moluscos e peixes; empresas de consultoria, assim como prestação de serviços relacionados ao setor pesqueiro. 

A filosofia do Curso de Engenharia de Pesca é de formar o profissional com o espírito do empreendedorismo, em que o graduado se torna apto, em certos casos, a gerar e gerenciar seu próprio negócio. O piso salarial do profissional da Engenharia de Pesca é determinado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), como sendo de nove salários mínimos para oito horas de trabalho.

O Curso funciona em sistema de seriado semestral, no turno diurno, em um expediente. As disciplinas são oferecidas por nove Departamentos Acadêmicos, o Departamento de Pesca e Aqüicultura (DEPAq), é responsável por 60% das disciplinas do ciclo profissional. O corpo docente do DEPAq está constituído por 18 professores efetivos, 01 professor visitante, 04 pesquisadores com curso de Pós-graduação, com bolsas do CNPq e três técnicos de nível superior. O elenco de professores-pesquisadores, na sua maioria (82%), possui curso de Pós-Graduação Stricto-sensu (37,9% com mestrado e 44,9% com doutorado). Estes docentes obtiveram seus respectivos  títulos nos mais importantes centros universitários do país e do exterior, a exemplo da Universidade de Pesca de Tóquio-Japão, Universidade da Bretagne Ocidentale-França, Centro de Ciências Agrárias de Godollo-Hungria, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de São Carlos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, entre outros.

Na Área da docência o profissional da Engenharia de Pesca vem ocupando uma importante função nas Unidades de Ensino Superior em vários Estados do Brasil. No campo da cooperação Internacional o profissional da Engenharia de Pesca, tem se feito presente em projetos de instituições como a Organização das nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), além de Organizações não Governamentais (ONGS).

Atualmente, o Curso de Engenharia de Pesca vêm ampliando a sua atuação no campo do ensino e da pesquisa, com seu Programa de Pós-Graduação - Recursos Pesqueiros e Aqüicultura - em nível de mestrado, iniciado em 2001. Em termos de pós-graduação Latu-sensu, o DEPAq já dispõe de uma larga experiência, em virtude da realização de vários cursos de especialização, tais como: Tecnologia de Pesca (1979), Tecnologia do Pescado (1980), Aqüicultura (1984, 1992, 1993, 1994, e 1996) e Ecologia e Manejo Pesqueiro de Açudes (1994).

 

 

 

 

Fonte: https://www.depaq.ufrpe.br/